quinta-feira, dezembro 9

Servo do Olímpo

Meia noite na floresta os sátiros saem com suas flautas, às ninfas saem de suas casas para dançar na em roda pela clareira. Todos os seres se levantam nesta noite para celebrar a vida!

A primeira noite primaveril! Todos os seres se levantam no meio da noite para cantar e dançar, abençoados por Artemis a clareira se torna uma festa. Nenhum ser fica de fora, de tão grande festa até mesmo os deuses participam.

Afrodite trazendo o amor a todos, Demétrio comandando a festa, até mesmo Zeus dança com as ninfas! Tão bela cena cheia de musica e movimento!

Seria belo se não fosse somente um quadro.

Um quadro pintado por um pintor fraco e raquítico em um estúdio pequeno, abafado e envolto em trevas onde nem sequer uma misera e pequena janela existe. Um lugar aonde a luz do sol jamais chegou, um lugar que jamais inspiraria a tamanha beleza de majestosos jardins e clareiras em festas.

Uma alma atormentada por uma vida miserável e desventurada, um terreno do qual jamais poderia brotar tão belas flores. Uma mente doentia obcecada pela perfeição, mas que sem a inspiração nada mais criaria do que círculos e quadrados perfeitos com pinceladas inumanas.

Naquele quarto escuro eram produzidos os mais belos quadros. Quadros estes que ali permaneceriam até fossem entregues ao seu dono, o dono de toda inspiração, o dono de tudo ali. Aquele que não esta nos quadros, mas que estava em todas as cenas. Aquele que cedeu suas memórias para que aquele pobre pintor as guardasse me tinta.

O nome dele? Você já deve saber. E se não souber pode ir procurá-lo ele vive na outra margem do rio Aqueronte, você pode fazer uma visita e aproveitar para apreciar os quadros daquele pobre pintor.

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