quinta-feira, agosto 13

Jaguardarte

Era briluz. As lesmolisas touvas
Roldavam e relviam nos gramilvos.
Estavam mimsicais as pintalouvas,
E os momirratos davam grilvos.

"Foge do Jaguadarte, o que não morre!
Garra que agarra, bocarra que urra!
Foge da ave Felfel, meu filho, e corre
Do frumioso Babassurra!''

Ele arrancou sua espada vorpal
E foi atrás do inimigo do Homundo.
Na árvora Tamtam êle afinal
Parou, um dia, sonilundo.

E enquanto estava em sussustada sesta,
Chegou o Jaguadarte, ôlho de fogo,
Sorrelfiflando através da floresta,
E borbulia um riso louco!

Um, dois! Um, dois! Sua espada mavorta
Vai-vem, vem-vai, para trás, para diante!
Cabeça fere, corta, e, fera morta,
Ei-lo que volta galunfante.

"Pois então tu mataste o Jaguadarte!
Vem aos meus braços, homenino meu!
Oh dia fremular! Bravooh! Bravarte!''
Ele se ria jubileu.

Era briluz. As lesmolisas touvas
Roldavam e relviam nos gramilvos.
Estavam mimsicais as pintalouvas,
E os momirratos davam grilvos.

[Homenagem ao mestre do nonsense, Lewis Carrol]

terça-feira, agosto 11

Lamaçal

Escute! As nuvens se misturando a escuridão
É tão fácil sofrer
Silêncio! Podes escutar tal adoração?
Nesses anos todos vivi no "fundo do poço"
Como se fosse um cadáver dormindo em vossa sepultura
Temos que desejar sair dessa vida de sonhos e mentira
Não é ter receio, nem se fingir de fraco
Mas quero harmonia, felicidade e outros mais
Nunca desejei tanto em minha vida
Golpeado pelos sentimentos pálidos
Ao qual fomos julgados
Eu tentei abrir vossa mente
E assim poder acender seu coração
Sentir o frio e a miséria que emerge de seu interior
Para que possa nascer novas paisagens
Como se fosse uma estrela no céu na luz do amanhecer
Pois sei que essa alegria toda não irá durar muito
Detenha esse frio que vem de seu interior