segunda-feira, dezembro 13

Desesperança

Por entre a janela eu via a rua lá fora, a noite estava fria e sombria. Não havia um só ser vivo que arriscasse sair na escuridão gelada. Um só ser vivo.

E lá estavam eles. Aqueles mais frios que a própria neve, de coração mais negro do que a noite sem luar. Eles eram os Sem Nome. Todos aqueles que acreditavam em sua existência os temiam.

O problema era que nem todos acreditavam e mais cedo ou mais tarde se tornavam vitimas deles. Os pobres desafortunados que cruzavam seus caminhos, o faziam uma única vez e depois era a morte.

Existe uma lenda que ouve um sobrevivente uma vez, uma garotinha, que depois de meses doente conseguiu sobreviver, mas a vida que ela levou depois que saiu do hospital é algo que ninguém jamais desejaria. Vivendo entre a podridão, rolando em dejetos e se alegrando com a imundície. Ela viveu cinco anos nas margens da cidade e depois desapareceu.

Hoje já não restam muitos, alguns tentaram fugir, outro tentaram lutar, mas nenhum desses tiveram êxito, somente nós que tememos chegamos tão longe. Mas prevenir-se e manter a distancia já não é mais o bastante uma hora ou outra eles nos pegaram também, e quando esse dia chegar, todos esperamos que seja rápido o nosso encontro com o criador.

Nenhum comentário: