quarta-feira, outubro 1

Gênese

E tudo era o caos
Mas esse não é o inicio
Antes havia vida
Havia a inocência

Antes da morte
Saboreei a felicidade
Como ela é
Pura e imaculada

Sem problemas
Sem angústia
Sem dor
Sem trevas

Via o mundo com
Meus próprios olhos
Via os cheiros
Sentia as cores

Era rodeado de iguais
De inocentes como fui
Alegres como fui
Livres como fui

Tinha um rosto
O meu rosto
Verdadeiro e único
Tinha uma voz

Só havia risos
Sons de alegria
Alegria
Como a luz da vida

Vida
Oh vida, um dia
Fui seu e ela
Foi minha. Vida

Vivia num éden primaveril
Apesar de algumas rosas
Terem espinhos, não deixavam
De serem rosas, doces rosas.

E então veio a morte
E então veio o caos,
E prossegui como conhece
Com a dor já falada

Em meio a tantas amarguras
E tantos invernos, estou feliz.
Pois me lembrei
Do meu éden primaveril

2 comentários:

Lari disse...

Um gênesis do apocalipse!
'éden primaveril' chamou minha atenção em especial!

Isabela disse...

E em meio a tantas palavras vazias lembrei-me do seu blog, e me senti feliz!

Brug, você escreve com tanto sentimento, que inveja!