sexta-feira, agosto 29

E tudo era o caos...
Murmúrios e gemidos
Escuridão e dor
Dor

Angustiado pairava
Sobre o abismo,
Sem uma luz
Sem um amor

Então sua voz ouço
Chamando-me ao longe
Perturbado e confuso
Sigo em sua direção

Vejo o mundo
Através de seus olhos
Vejo a vida doce
Que você exala

Foi assim que descobri
Que o mundo não é
Para mim, um lugar,
Um lar

Não sou como você
Feliz
Não sou como ninguém
Feliz

Mas estar com você
Traz-me felicidade
Sombria felicidade
Triste felicidade

Você não é para mim
Eu não sou para o mundo
Então assumo
Um rosto

Rosto feliz
Rosto de palhaço
Alegre
Bobo

E assim vai seguindo
Com a mascara tinindo
Bela e lustrosa
Escondendo um rosto
Sem forma

Você sempre me sorrindo
Assim vou seguindo
Entre vozes alegres
Abafando os sussurros

Mas quando a noite cai
E o frio desce
O silencio domina
Os gritos crescem

Mas estou feliz
Com minha felicidade estranha
E só tenho a lhe agradecer bela amiga
De deixar-me ver o mundo através de seus olhos

quarta-feira, agosto 27

Ouça à chuva

Ouça
Ouça cada pingo de chuva
Cochichando segredos da chuva
Frenéticamente buscando alguém para ouvir
que aquela história é mais do que ela esconde
cada gotícula que há muito tempo já foi?
Não podemos ficar aqui um pouco?
só é difícil dizer tchau
Ouça à chuva
Ouça a chuva em prantos
Ouça
Eu estou sozinho na tempestade
Repentinamente doce eu digo não
Não poderiam eles ficar para você ter mais tempo
Abram seus olhos para o amor em sua volta
Você pode sentir que está sozinho
Mas ainda estou aqui com você
Você pode fazer o que sonha
Só se lembre de ouvir à chuva

Ouça...

segunda-feira, agosto 25

Par

Meu rosto em teu olhar e, o teu no meu reflete.
E do manto do rosto o coração se veste.
Um par de hemisfério que melhor se complete.
Onde há, sem norte ou declinante oeste?
Em desigualdade tudo que morre está.
Se nosso amor é um só e formamos um par;
De Amor tão igual ninguém morrerá...

quarta-feira, agosto 20

Rachel

Rachel acordou atordoada sua cabeça estava latejando. Afinal onde ela estava?
Ela não sabia, a única coisa que sabia era que estava trancada em um quarto sem janelas, com paredes emboloradas e imundas. Ela própria devia estar imunda e com os cabelos emaranhados.
Não se lembrava direito do que havia acontecido antes para estar ali jogada naquele chão fétido. Esforçou-se para levantar, seus pulsos doíam. Na parede a sua frente havia algo escrito com algo que parecia sangue. Sangue.
“A única maneira de sair é entrar.
A única maneira de vencer é perder
A única maneira de viver é morrer”
O que aquelas palavras significavam? Sua cabeça doía demais, não conseguia pensar direito. Foi se arrastando ate uma mesinha tosca que estava encostada na parece escrita com sangue.
Lá havia uma arma, e estava escrito algo na madeira também com sangue.
“A resposta “não” evita sua morte
Se a resposta for “sim” puxe o gatilho”
Rachel não sabia o que estava acontecendo, onde estava? Ela não ia se matar, então começou a gritar com arma na mão, ainda tinha os olhos na frase, e gritava desesperadamente que não e não e não, com se isso fosse uma espécie de palavra mágica e de repente alguém viria e a tiraria dali. Mas ela deu a resposta sem saber a pergunta.
Cansada de gritar e fraca ela se vira em prantos e vê um espelho na parede de trás, e lá estava a pergunta em sangue, ela só via a pergunta. Seu reflexo não aparecia no espelho, o quarto todo estava refletido menos ela.
Então ela entendeu.
Levou a arma ate a cabeça disse sim e puxou o gatilho...

Ele estava surpreso, nunca havia perdido o jogo antes, todos diziam “não”. As palavras dela ainda pairavam no ar.

Sim... Sim...

A questão em ordem era:
“Você acredita em Deus?”
Rachel disse sim.
“Você acredita em Deus?”
Ela puxou o gatilho.
“Você acredita em Deus?”
Eu direi sim.
“Você acredita em Deus?”
O que você dirá?
“Você acredita em Deus?”
Eu puxarei o gatilho.

segunda-feira, agosto 18

Qualquer lugar

Querido amor, você não queria estar comigo?
E, querido amor, você não desejava ser livre?
Eu não posso continuar fingindo que nem te conheço e que em uma noite doce você é só meu. Pegue minha mão.
Nós estamos partindo daqui esta noite.
Não há motivo para contar para os outros, eles apenas nos atrasariam
Então, pela luz do dia, nós estaremos à meio caminho para qualquer lugar, onde o amor é mais que apenas o seu nome.
Eu sonhei com um lugar para você e eu.
Ninguém sabe quem somos lá.
Tudo o que eu quero é dar minha vida apenas a você.
Eu sonhei por muito tempo, não posso mais sonhar.
Vamos fugir, eu te levarei lá.
Esqueça essa vida, venha comigo.
Não olhe para trás, você está a salvo agora.
Destranque seu coração, abaixe a guarda.
Não há mais ninguém para te parar.

quinta-feira, agosto 14

Estranho desconhecido, odeio-te por amar-te.

Porque dominas meu pensamento
Porque dominas minha alma e
Meu coração?
Como habitas incessantemente o meu ser?
Se fazendo parte mim

Porque me conquistaste?
Como os teus olhos não me saem da lembrança?
Porque fecho os olhos
E lhe toco?

Como ousas entrar em mim desta maneira?
Como ousas tomar meu coração?
Como ousas habitar meus sonhos
Ser parte dos meus desejos mais profundos
E se enterrar em minh'alma

Como te odeio estranho desconhecido
Por fazer-me amar-te
Odeio-te por poder lembra-me de ti
Perfeitamente, estando perfeito.

Estranho desconhecido
Vitima do meu ódio
Dono de meu coração
Quem és?
Não sei.

Suas palavras gravadas em meus ouvidos
Dizendo-me eternamente:
“- Boa noite!”
Impedindo-me que te esqueça pela noite

Como te odeio oh ser nefasto
Que me conquistou a alma
Com as mais ardis artimanhas
Levando-me pelas trilhas desconhecidas
Sombrias e dissolutas da paixão

Odeio-te, por tomar-me de mim.
Odeio-te, por não saber de ti.
Odeio-te, por amar-te.
Odeio-me, por não poder odiar a ti.

sexta-feira, agosto 8

Caminhos cruzados

Era uma manhã escura, havia chovido durante a noite e agora fazia muito frio. Estava com suas luvas de couro marrom e seu cachecol de lã, mas isso não importava, não foi só o céu que chorou a noite...
Estava decidido o sofrimento acabaria hoje, a seringa com 50mg de carbonato de potássio estava em seu bolso esquerdo e não havia mais nada que de que precisava.
Caminhando por uma rua cercada de grandes carvalhos que formavam um grande arco sobre ela, ele viu que apesar de tudo era belo aquele maldito lugar.
Quando virou a esquina que ia em direção ao lago, ele viu algo que o surpreendeu de tal forma que parou no meio da rua estático. E foi na neblina que viu um sorriso tímido, como se disse-se que esta tudo bem, viu um casaco abrindo os braços que acenava como se ele fosse alguém, olhou para trás procurando alguém pra que aquela pessoa estivesse acenando, mas não havia ninguém, era com ele mesmo.
Como alguém desconhecido poderia sorrir para ele de tal forma que o encantasse que em um átimo de segundo poderia tirar de seu pensamento a decisão que a noite lhe trousse.
Que era essa estranha desconhecida, e como era bela mesmo com jaquetas enormes e um gorro azul como pompons? Que poder ela tinha que em um instante dominou meus pensamentos e sentimentos?
Mas estava decidido não existe alternativa, continuei caminhando em direção ao lago, um eu lugar que vivi momentos felizes e queria como minha ultima visão.
Ela estava caminhando em minha direção, e chegando me abraçou e disse em um sussurro:
- Acabou, esta tudo bem! Você sempre teve a mim, mas nunca me viu eu estava sempre lá vendo você através das sombras, hoje pedi um sinal aos céus: que me desse um motivo para não congelar no fundo do lago, minha vida esta acabada e mesmo que você diga que estou louca, eu quero te dize que te amo te amei todos os dias da minha vida em silencio, mas agora como nada resta, nada tenho a temer! Eu te amo...
Ela foi andando em direção ao lago, e eu estava lá atônito, pasmo como poderia alguém me amar?
Eu não poderia deixar que ela fizesse aquela monstruosidade com a própria vida. O que eu queria dizer iria fazer o mesmo há apenas alguns minutos. Mas algo havia mudado dentro de mim aquele sorrio...
Estava sem ação precisava impedi-la antes que fosse tarde então gritei que esperasse, não sabia o que diria depois. Ela se virou confusa me encarando e meio que gaguejando disse alto, sem reconhecer minha voz: “- Vamos tomar um café?”.
Que coisa mais idiota!
Mas novamente veio o sorriso e ela estava voltando em minha direção me deu a mão e disse:
- Vamos!

quinta-feira, agosto 7

Ênfase

O jogo terminou, o tempo ensinou a vida. Abra seus olhos e abrace o nosso então chamado paraíso, todas as noções e pensamentos, invente um modo para fazer isto ser seu. O enigma de uma razão, como pode viver, seja o que você quer ser.
Ache a ênfase em sua própria realidade. Separar-se da procura com olhar rápido nos episódios. De um espectro, não posso ver ou sentir ninguém, nada a declarar, lentamente a vida se torna atenta, sabendo de suas profecias. Ache a ênfase em sua própria realidade, e toda a vida vê você. Uma mudança súbita de eventos, o que é coincidência, o que é fé? A ambigüidade faz sentido da nossa procura de valores no destino, o que pode nos induzir? Se nosso ser fosse onisciente? Há tanto, você nunca saberia, mas sua vida seria o que você queria que fosse.
Ache a ênfase em sua própria realidade

terça-feira, agosto 5

Entendendo

"Você mantém as respostas nas profundezas da sua mente. Conscientemente, você a esqueceu. É assim que a mente humana funciona. Sempre que algo é muito desagradável, muito vergonhoso para nós nos divertirmos, nós rejeitamos; nós apagamos de nossa memória, mas a resposta sempre estará lá..."



Não consigo levar tudo embora

Não posso desejar que tudo se vá

Não posso esperar que tudo acabe

Não consigo chorar pra que tudo acabe



A dor que te oprime, o medo que te prende;

Liberta a vida em mim...

Na nossa vergonha mútua escondemos nossos olhos

para cegá-los da verdade

que descobre um caminho para quem realmente somos;



Por favor, não tenha medo;

quando a escuridão desaparecer,

O amanhecer quebrará o silêncio, gritando em nossos corações.

Meu amor por você ainda cresce, isto eu faço por ti

antes que eu tente lutar contra a verdade pela última

vez.



"Nós deveríamos tentar e ser reais

Quando eu me sinto sozinho,

nós não estamos juntos, e isso é real"



Não consigo levar tudo embora

Não consigo desejar que tudo se vá

Não consigo chorar pra que tudo acabe

Não consigo coçar e tudo ir embora



Deitada ao teu lado, ouvindo você você respirar.

A vida que flui de você queima dentro de mim.

Espere, e fale de amor comigo sem um som...

Me diga que você vai viver através disso

e eu morrerei por você

Não me expulse...

Diga que você estará comigo

Porque eu sei que não suportarei tudo isso sozinha...



"Você não está sozinha, querida, nunca. Nunca."



Não consigo lutar pra que tudo se vá

Não consigo esperar que tudo acabe

Não consigo gritar pra que tudo se vá

Simplesmente não vai desaparecer...



Não consigo levar tudo embora

Não posso desejar que tudo se vá

Não consigo chorar pra que tudo acabe

Não consigo lançar tudo pra longe...



Não consigo lutar pra que tudo se vá

Não podemos esperar que tudo acabe

Não consigo gritar pra que tudo se vá

Oh.. leve tudo embora...

Oh.. leve tudo embora...



"Mas a resposta está sempre lá. Nada é realmente

esquecido"



"Porque eu estou cansada disso também"

"Porque eu estou cansada disso também"

"Porque eu estou cansada disso também"

"Porque eu estou cansada disso também"

"Porque eu estou cansada disso também"

"Porque eu estou cansada disso também"
Não vire
Não se entregue à dor
Não tente esconder
Mesmo que eles estejam gritando o seu nome
Não feche os seus olhos
Deus sabe que mentiras se encontra atrás deles
Não apague as luzes
Nunca durma, nunca morra.

segunda-feira, agosto 4

Assombrado

"Uma pequena garota entre 8 e 9 anos em um vestido branco está andando pelas ruas da vizinhança balançando uma bola vermelha. Enquanto ela se aproxima de uma casa deserta com um aspecto sinistro, sua atenção desvia da bola para a casa. Sem prestar atenção em seus movimentos, a bola bate no meio-fio e ricocheteia na frente da casa. Conforme ela persegue a bola, adquire movimentos não naturais e vai em direção à grande porta frontal. A pequena garota pára por um momento, olha para a casa que agora parece estar encarando-a e, cuidadosamente, entra na casa à procura de sua pequena bola vermelha. Conforme ela lentamente entra no átrio, ela observa a bagunça decadente do que um dia foi obviamente uma bela mansão. Ela fica hipnotizada pelo requintado detalhe de cada centímetro do corrimão da aparentemente interminável escada a sua frente. De repente, seus pensamentos são interrompidos por uma horripilante confusão. Ela se vira para correr até a porta da frente, mas encontra apenas uma parede vazia onde a porta estava. Assustada ela desce correndo para a primeira entrada que vê, tentando desesperadamente encontrar uma saída, mas, a cada virada, o mundo atrás dela muda, por vontade da casa. Assim, encontrar um caminho de volta para o átrio em que ela estava se torna impossível. Aterrorizada, a pequena garotinha se encolhe em um canto, abaixa sua cabeça em suas mãos e começa a chorar. Dez anos depois, a pequena garota acorda em pânico, agora uma jovem mulher... Suja, assustada. Ela está agora vestida com calças pretas, botas de trabalho. Sua pele está pálida e suja. O Sol não ilumina sua carne há uma década. Ela acorda para procurar sua refeição, localizada numa bandeja de prata suja atrás dela, somente o suficiente para se manter viva, assim como todas as manhãs. Foi colocada lá por uma figura que ela apenas pode ver de passagem, por um canto, atravessando uma porta, uma figura que se tornou seu único amigo e seu único ódio. Toda a sua existência se tornou nada mais que perseguir e destruir essa sombra que a mantém ali. Conforme ela o persegue continuamente, dia após dia, ela se perde na dicotomia do seu ser. Essa coisa que a mantém ali, essa pessoa que repetidamente viola sua mente e a observa dormir, se tornou seu único amigo. Se não fosse essa pessoa que restou, ela deixaria de existir. Ela vive apenas para matá-lo. Mas vive somente graças a ele. Todos os dias a casa muda ao seu redor, assim todos os dias ela acorda em um lugar desconhecido. A única coisa constante é ele. Ela escuta o coração dele batendo, ela sente seu cheiro, ela pode apenas imaginar encontrá-lo, mas ele também é a única coisa que ela sabe do amor".