terça-feira, dezembro 15

Sobre Sentimentos - Culpa

O vento toca o meu rosto, o perfume das flores me invade a alma trazendo-me a velha lembrança. Eu, você. Naquela tarde de inverno nós dois sob o céu púrpura, cercado de pura da pura neve que caia lentamente sobre o bosque cobrindo tudo com seu manto gelado. Naquela tarde fria onde o sol preguiçosos já ia deitar-se, foi quando eu, envolto no perfume das flores, ouvi pela primeira vez aquelas doces palavras saindo de seus lábios carmesim: - Eu te amo.

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Aquelas palavras ainda ecoam na minha mente, todas as noites sinto como se você estivesse ali, me olhando. E quando o sono me força a fechar os olhos, posso em um instante transportar-me de volta aquela tarde e tocar-te novamente. Mas isso dói, eu sei que o inverno sempre virá às flores sob o céu púrpura ainda saltarão seu perfume, mas de seus lábios jamais voltarão a sair aquelas palavras, seus olhos jamais voltarão a brilhar enquanto contempla as estrelas. Tudo isso porque você não esta mais aqui, seus pulsos gelados repousam sob os lírios no vale da morte. Ainda assim o maior desejo de meu coração é que você possa ouvir minha prece, ouvir o que não tive a coragem de dizer-te naquele dia e que você nunca pode ouvir saindo de minha boca aquelas mesmas palavras que um dia você fez com que me invadissem os ouvidos.

4 comentários:

Bruno Giraldelli disse...

É, meu caro, as palavras não ditas são um perigo pra alma; mas que bonito a gente escreve quando sufoca o peito com elas! Cuidemos pra não sermos completos surdos-mudos; pelo menos os gemidos nós temos que emitir: pra lua, pro sol, pro pai, pra mãe, pro amigo, pro bicho, pras coisas; e pra quem amamos? Pra esses, escrevemos um livro.
=]

Fábio Silva disse...

de hoje em diante, passo a seguir teu blog. me senti avontade neste espaço, parabens por ser um otimo anfitrião virtual.

boa semana pra ti

Fábio Silva disse...

me sinto "em casa", qdo visito seu blog. Ele é acolchegante aos olhos, artisticamente bem distribuido, causando a sensação de que o visitante é bem vindo. Tem bons fluidos. Não sou um sujeito que joga confetes, sinta-se afortunado ;)

eu nao me lembro bem de como fui cair em teu blog, mas vc ja saiu clicando a torto e a direita por ai em blogs e orkuts até topar com algo interessante? deve ter sido assim q encontrei seus textos. Nunca fui amante de poemas e versos, mas teu blog é algo eventual. parabens.

ps - procure meu link de orkut em meu blog, caso vc possua um.

abraços

Fernando disse...

Axei q ia ser mais um conto de amor d inverno, mas axei bem bom =)