domingo, setembro 21

O Principe Eduard

Era uma vez em um reino muito muito distante, vivia um príncipe chamando Eduard, ele era um rapaz forte e muito bonito, um exímio arqueiro e dominava e espada como ninguém.
Naqueles tempos em que Eduard completava vinte anos, uma criatura estava atormentando os camponeses roubando-lhes os filhos jovens. Preocupado com o seu povo Eduard se ofereceu para combater a criatura, tendo em vista que não havia ninguém melhor que ele em combate. Relutantemente seu pai aceitou que Eduard fosse atrás da fera junto com seu escudeiro Fliws.
Eduard e Fliws partiram pela manha cavalgaram durante todo o dia ate que chegassem ao pequeno vilarejo. Chegando lá Fliws disse que era melhor passar a noite na estalagem e entrarem na floresta pela manha depois que o sol já estivesse no céu, Eduard concorda e eles se hospedam na estalagem. Ao nascer do sol já estavam preparados para sair à procura da criatura que raptava os jovens camponeses.
Andaram pela floresta durante horas, sem a menor pista da criatura, nem um som, ate mesmo os pássaros estavam mudos. Eduard estranhando esse silêncio sepulcral começa a observar que todos os animais da floresta haviam fugido, nem mesmo uma formiga havia ficado. Fliws ao observar isto temeu, e disse que já estava anoitecendo e que voltaria para a estalagem, mas Eduard bravamente disse que acampariam na floresta esta noite, e que revezariam os turnos de vigia. Fliws apesar do medo acatou a ordem.
As primeiras horas da noite tudo estava como foi o dia inteiro: quieto demais. Mas ao aproximar-se a metade da noite som estranhos começaram a surgir...
Fliws chamou Eduard, e eles perceberam que aqueles sons, que pareciam rugidos mistos com uivos se aproximavam juntos com passos poderosos. Os dois se esconderam atrás de uma rocha para ver a criatura. E viram um monstro enorme com cerca de doze palmos de altura, era coberta por uma pelagem escura semelhante a um urso, mas seu focinho era comprido como o de lobos, tinha garras como às de um falcão e olhos que pareciam chamas infernais. Quando a criatura passava por perto de onde estavam ela parou e viu a fogueira que foi apagada as pressas e sentiu que havia homens por perto, farejando foi se aproximando da rocha onde estavam Eduard e Fliws. Fliws tomado pelo medo começou a correr para longe da criatura, mas antes que ele pudesse se quer afastar da pedra uma língua imensa com espinhos venenosos em sua ponta saiu da boca da criatura o enrolou na cintura e o puxou, a criatura o devorou vivo e inteiro. Eduard desesperado não conseguia se mover, mas a criatura continuava em direção a rocha. Eduard apalpa a espada e a segura com força, a criatura dá um salto e para de costas pra Eduard que levanta rapidamente e tenta atacar a criatura, mas essa é rápida demais e agarra a espada com sua língua venenosa os dois medem força em torno da espada, mas Eduard com uma precisão incrível consegue cortar a língua da criatura, mas acaba perdendo a espada, Eduard pega seu arco, mas as flechas estão ainda no acampamento. Aproveitando o uivo de dor da criatura Eduard corre em direção as flechas, mas a criatura percebe que sua presa se afasta e avança em sua direção com velocidade bestial. Aqueles poucos metros que separavam Eduard de suas flechas parece interminável e a criatura se aproxima cada vez mais, Eduard salta em direção as flecha as arma e atira. Atinge a criatura no ombro que cai, a besta parecia imobilizada respirava com dificuldade dava gemidos de dor, Eduard armou mais uma flecha e se aproximou devagar do monstro, quando estava a cerca de quatro passos da criatura ela começou a se contorcer e dar gritos horríveis de sofrimento. A lua surge de detrás das nuvens a criatura começa a perder os pelos diminuir e a mudar a forma de seu corpo, apesar da luz recém chegada da lua Eduard não conseguiu ver o que esta por baixo da montanha de pelos.
Eduard encantado com a transformação da criatura se aproxima da montanha de pelos e descobre uma linda jovem de cabelos negros com sua pele alva iluminada pela lua e seus olhos azuis como as estrelas. Ela assustada com ele esconde seu corpo nu sob os pelos que um dia lhe pertenceram, mas Eduard encantado com sua beleza e tomado pelo desejo a toma em seus braços e a beija sem lembra que há poucos minutos ela era um monstro ela reluta ao beijo se tenta se afastar tenta gritar, mas consegue afinal aquele que lhe beijava a força lhe havia cortado a língua, Eduard irritado com a relutância da moça dá-lhe um tapa na fronte abre suas pernas a força e violenta. Ela sem poder gritar nem mesmo ter forças para se defender do príncipe chorou, chorou por ter sido violentada, chorou por ter perdido a chance de quebra a maldição, chorou por ter a certeza de que aquela seria a sua ultima noite.
Depois de consumada a violência Eduard lhe cospe na fronte e a insulta, ela já não chora mais e em seu rosto paira uma sombria felicidade como se tivesse a certeza de uma vingança cruel.
Eduard receia a atitude na moça que começa a escrever na terra:
“Sangue com sangue, irmão e irmã a maldição foi concebida mais forte”
Tomado pelo ódio Eduard decepa-lhe a cabeça. Eduard retorna ao castelo sem contar como havia acabado com a fera, apenas dando a certeza de que todos poderiam dormir em paz. Vários meses se passaram e Eduard foi afligido por uma doença misteriosa, o rei temendo pela vida do filho e pelo destino do reino chamou médicos de todos os cantos do mundo, mas sem sucesso, seu estado só piorava em breve o reino ficaria sem um herdeiro e viriam as guerras morte e destruição. Ninguém conseguia ficar no quarto do moribundo exceto o rei seu pai que passava noites ao lado do filho, ate que uma noite pressentindo a sua morte confessou ao pai o que havia acontecido naquela noite em que havia matado a fera. O rei chorou, e deixou o quarto do filho. Três dias depois disto houve um grito que tomou todo o castelo aterrorizando todos que se encontravam lá, Eduard morreu. Seu pai foi o primeiro a entrar no quarto seu filho morto em volta de uma poça de sangue e ao seu lado um bebe. O rei se aproximou do pequenino e não vendo outra escolha tornou o pequeno varão, Eduard II, em herdeiro do trono.
O menino cresceu forte e saudável, mas passava todas as noites de lua cheia trancado na masmorra, quando completou seus vinte anos seu avo morreu e ele foi coroado rei, não precisou mais refrear seus instintos e sua fome, destruía todo o que encontrava, o reinado da besta destruiu qualquer sinal daquele povo, mas mesmo assim Eduard II viveu feliz para sempre


Fim.

Um comentário:

barbara brugnerotto disse...

É incrível essa sua capacidade de me surpreender, e mais uma vez consegui isto.
Parabens!!