Suplício

O céu está negro, não pela noite, mas sim pela nuvem de cinzas que pairava sobre as ruas desertas. Alias desertas não, se não fosse por ele que caminhava lentamente por entre as sobras disformes dos prédios. Ele caminhava sozinho, sem rumo, sem um lugar para ir, ele apenas andava. Era como se seus pés sem seu consentimento procurassem um lugar pra ele, não uma casa ou um abrigo, ele procurava um coração. Sim um coração. No qual pudesse morar, se abrigar e curar suas feridas, feridas estas que vem crescendo com o passar dos anos...

Sozinho sua cabeça era povoada de pensamentos de solidão, a rua lá fora não lhe trazia medo, afinal sua alma era mais negra que a escuridão lá fora. Mas ele ainda vagava em busca de um coração que o aceitasse que o amasse e pudesse receber todo o amor que ele pode dar, mas exceto por ele as ruas estavam vazias. Casas e prédios abandonados, não havia mais ninguém além dele, até mesmo sua sombra o havia abandonado. Ele estava só. Envolto naquela atmosfera sombria de uma névoa espessa de dor e sofrimento. Mas ele não pararia, continuaria procurando. E este foi e será o seu suplício eterno, o de procurar por um coração vivo em meio a morta floresta de pedra.

Maldito Simplesmente Complicado

Oh! Como é traiçoeiro destino!
Porque manipulas situações
Pra que eu sofra?
Sádico é!

Como pode um simples
Dialogo ouvido, um filme assistido
E posteriormente discutido
Ter despertado isso em mim?

Malditas sejam as pessoas
Que dialogam sofre assuntos
Como esse, malditos os produtores
De filmes assim... Reais.

Mas aquele que mais odeio
E amaldiçoo, é aquele que
Se fez lembrar.
Depois de tanto tempo...

No dialogo foi dito:
"Só se vive um grande amor na vida"
E tudo indica que esta é
A verdade.

E você traiçoeiramente
Tomou a minha única chance
De mim, fez com que
Eu perdesse no jogo

Por sua culpa queimei
Minha única e melhor ficha
Em uma única noite
Que não voltará

Maldito o dono de meu coração
Que o tem por tê-lo furtado.
E depois fugido, com minha única
Chance de amar.